Museu Vivo na Cidade participa das celebrações da Festa do Divino

Foto: Yago Felipe


A Festa do Divino Espirito Santo é uma manifestação religiosa da Igreja Católica realizada há 254 anos. O Museu Vivo na Cidade recebeu o convite da Paróquia de Santo Antônio Além do Carmo a participar com o Arauto e a Guarda Histórica. A celebração ocorreu durante 7 domingos na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo. A Solenidade de Pentecostes, vivenciada pela Igreja no mundo inteiro, no domingo, 19 de maio. 

Na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, a Paróquia Santo Antônio Além do Carmo celebra com uma programação especial, realizada há 254 anos: na Festa do Divino Espírito Santo será libertado, pelo Poder Judiciário e o Ministério Público da Bahia, um preso. De acordo com o pároco, padre Jailson Jesus, este ato de libertar uma pessoa apenada acontece desde o início da tradicional festa, há mais de dois séculos e meio. 

Para que isso seja possível, a Irmandade do Divino Espírito Santo e o pároco fazem contato com os órgãos responsáveis, que já preveem a libertação de alguém que cumpriu a pena. “Desde bem antes dessa festa, nós já estamos em contato com o Poder Judiciário e o Ministério Público, para que a libertação deste preso possa acontecer. Tradicionalmente, o Menino Imperador lê o decreto de libertação e toca aquele preso com o cetro, como era feito pelo Imperador”, explica o padre Jailson. Sobre o Menino Imperador, também é uma tradição mantida pela Paróquia Santo Antônio Além do Carmo, única da Sé Primacial do Brasil que conserva a festa do mesmo modo que foi iniciada em 1770. 

Representando o Espírito Santo, que é o Advogado, um menino é escolhido pela Irmandade do Divino Espírito Santo, coroado, recebe o cetro e as vestes de realeza. É este menino que lê o decreto de libertação e declara que aquele preso está livre. “Nos primeiros anos da festa, o Forte do Barbalho e o Forte de Santo Antônio, próximos à Igreja, eram cadeias públicas. Como os presos pobres não tinham como pagar as fianças, a Irmandade e o Menino Imperador da Festa do Divino saíam, durante todo o ano, recolhendo esmolas e assim pagavam o valor devido de quem estava preso, que recebia a liberdade. Por isso, o Menino Imperador representa o Espírito Santo, que é o Defensor”, conta o padre Jailson, destacando que, nos próximos anos, o desejo é que a pessoa que for libertada seja acompanhada pela paróquia, juntamente com a Pastoral Carcerária, para ajudá-la na ressocialização. 
 
O ato da leitura do decreto acontecerá ao final da Santa Missa que terá início às 10h, e será presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio Galrão. Antes, às 9h, a Irmandade do Divino Espírito Santo irá se dirigir até a Igreja Nossa Senhora do Boqueirão para buscar o Menino Imperador que, com vestes de realeza e acompanhado por pessoas que representam, nas vestimentas, membros da Coroa Portuguesa, caminharão de volta até a Matriz da Paróquia Santo Antônio Além do Carmo.

 






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