PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
Foto: Edson Carvalho |
por Luzinete Magalhães Brasília, 30 de março de 2014
Um dos grandes desafios dos professores e/ou mestres é conquistar seus alunos, aliando-se carisma, respeito e razoável interesse destes pelas matrizes curriculares, viabilizando-se com pontual assimilação dos conhecimentos transmitidos à sua aprendizagem, objeto da educação cognitiva, sobretudo em sala de aula. Comum é o desencontro da tríade necessária a locupletação ensino-aprendizagem por agentes e pacientes.
Destarte, com a História Geral e do Brasil não é diferente. A tarefa quase sempre é empreendida com muito esforço, tendo em vista que os jovens adolescentes quase sempre não são atraídos pela leitura - ícone de interpretação, reflexão e crítica. Comuns são os questionamentos: "não sei porque tenho que estudar história!", "que importância tem o passado?" ou "O que passou, passou!". Para eles (alunos), é algo distante e que somente interessa aos museus ou algo no gênero. Aliás, dificil é convencê-los dos fatos e contextos não experimentados, vividos, observados eis que não se percebem como protagonistas da própria história ou provavelmente não lhes dão a devida importância.
Nesta expectativa, tornou-se comum na tarefa diária dos docentes a multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, contextualização com a realidade dos discentes para melhor compreensão dos temas e/ou abordagens, sobretudo nos de História. Verdadeiro exercício da comparação - e não raras as vezes que o profissional da cátedra tem que contar curiosidades, cantar, encenar ou mesmo adentrar a vida privada dos protagonistas históricos como forma de atrair, seduzir, conquistar o seu público alvo. Afinal, ninguém gosta de aula monótona e/ou cansativa.
E haja criação e dinamismo! Isso faz lembrar daquela professora. Os seus olhos brilhavam quando discutia os assuntos da matéria com seus pupilos. As velhas máximas e assertivas: "fazer o que se gosta", "gostar do se faz" ou "o prazer do fazer; faz toda diferença". É a tal da aptidão, vocação - uns até ariscam ao afirmar que são as profissões que escolhem os profissionais. Pelo sim ou pelo não, melhor aplicação e simbologia caso em baila.
Neste diapasão, impagável mesmo é encontrar o grupo de estudiosos, talentosos artistas do Museu Vivo Na Cidade em Salvador, Bahia, rumo ao Centro Histórico do Pelourinho, encantando os transeuntes, interagindo com os turistas, despertando a atenção de todos, mas sobretudo resgatando a História do Brasil pela herança colonial da Família Real, a partir de D. João VI. Exemplos de cultura, civismo e/ou nacionalismo daqueles que desejam preservar a história brasileira, quase sempre esquecida ou deixada nos bancos escolares.
Aliás, neste sentido, a Bahia e a História do Brasil se locupletam. E essa memória histórica carece ser preservada, senão resgatada e difundida pelos brasileiros, sob pena de se resvalar no esquecimento de outros povos, onde meramente são (re) lembradas nas ilustrações da literatura temática, assim como se estampa os longevos anos do surgimento da humanidade e da escrita.
Parabéns à Bahia, em especial ao grupo de atores, exemplo e inspiração para todos. A Educação, a cultura, historiadores e alunos, agradecem a bela iniciativa e contribuição...
E o meu abraço para todos!
Luzinete Magalhães
é Historiadora e Bacharel em direito
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