TITANIC - O MAIS FAMOSO

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Há cem anos atrás, na noite de 14 para 15 de abril de 1912, acontecia o mais famoso desastre náutico de todos os tempos: O NAUFRÁGIO DO TITANIC. O céu estava limpo, escuro e sem lua, um vigia avista um iceberg, os motores são colocados em marcha ré e o navio vira bruscamente e a parte a estibordo bate no gelo. O relógio marcava 23:40 horas. À zero hora do dia 15 de abril, era dado o primeiro sinal de socorro (S.O.S). Nesse momento, passava a 30 km o navio CALIFORNIAN, que não prestou socorro. Falha humana? Falha das comunicações? Quantas vidas teriam sido salvas se ele tivesse ajudado no resgate? Duas horas e vinte minutos depois da colisão afundava o Titanic, partido ao meio, a uma velocidade de 48 km/h em direção ao fundo do mar. 


Apesar de haverem desastres marítimos mais mortais, nenhum mais famoso do que o do Titanic. Vários fatores contribuíram para a sua permanência no imaginário das pessoas. Um deles foi a pretensão do homem em querer ser superior às forças da natureza, igualar-se a Deus. O navio era considerado infundável, pelas 15 anteparas à prova d’água. O Comandante, Capitão Edward Smith, não reduziu a velocidade diante das condições climáticas desfavoráveis e dos vários avisos sobre icebergs na rota, recebidos de outros navios. Possivelmente, quisesse vangloriar-se de ser o primeiro a fazer a viagem Inglaterra - Estados Unidos, em tempo recorde, principalmente por J. Bruce Ismay, presidente da White Star, empresa dona do Titanic, estar a bordo. Mais de 650 títulos sobre o naufrágio foram lançados desde 1912, o que muito contribuiu para a sua continuada evidência. Documentários, vídeos e principalmente o filme Titanic (1997), deram vida ao fato histórico. Nas comemorações do centenário do naufrágio o filme é relançado em 3D. 


Os 20 botes no navio, se tivessem saído cheios, levariam 1.178 pessoas, de um total de 2.205 (1.300 passageiros e 905 tripulantes). Uma hora após a colisão é lançado o primeiro bote com 28 passageiros, apesar de ter capacidade para 65. A maior parte dos botes sai sem lotação máxima. O total embarcado foi de apenas 705 pessoas, 1.500 são deixadas para trás, e vão morrer no mar. 


O número de mortos poderia ter sido menor se tivesse mais botes salva vidas. Os responsáveis não acreditavam que fossem precisar deles. Havia apenas para a metade dos passageiros e tripulantes e, por cima, quase todos foram lançados sem lotação máxima. 

Duas horas depois, os botes começam a ser resgatados pelo navio Carpathia, que parte para Nova York com 705 sobreviventes. Contam que o seu construtor teria dito que nem Deus conseguiria afundá-lo. Quanta pretensão! Não fez nem a segunda viagem... 





As buscas por corpos se prolongam por dois meses após o afundamento. O navio já encontrava-se a 3.800 metros de profundidade, partido ao meio, com a popa a 640 metros da proa. 

No ano de 1985 o oceanógrafo norte americano, descobriu a localização dos restos do Titanic e, desde então o sítio tem sido visitado por turistas que queiram pagar a quantia de U$ 60 mil para visitar os destroços por um tempo de 8 a 10 horas.

Millvina Dean
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Eva Hart
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Não existem mais sobreviventes vivos, a última morreu em 2009, chamava-se Millvina Dean, tinha nove semanas quando o acidente aconteceu, não se lembrava de nada. A última sobrevivente com lembrança é Eva Hart, morta em 1996. 


ALGUNS NÚMEROS SOBRE ESSE GIGANTE DO MAR: 


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Construído em Belfast (Irlanda); tempo de construção: 3 anos; 15 mil homens e U$ 400 milhões; 2 motores a vapor; 29 caldeiras; 159 fornalhas/carvão; 4 chaminés; 3 hélices. Foi o primeiro navio a ter piscina aquecida, em toda a história da navegação. 


Primeira Classe
Transportava: 1ª classe: 320 pass; 2ª classe: 280 pass; 3ª classe: 700 pass; Tripulantes: 905. Total: 2.205 passageiros e tripulantes. 

Sobreviventes: 1ª classe: 60%; 2ª classe: 44%; 3ª classe:25% e Trip: 24%. 

PASSAGEIROS ILUSTRES 



JOSEPH BRUCE ISMAY – Inglês, presidente da White Star, empresa dona do Titanic (sobreviveu) 






JOHN JACOB ASTOR 4º - americano, empresário e passageiro mais rico a bordo do Titanic 






ISIDOR STRAUS – alemão, dono da loja Macy’s, viajava com a mulher, Ida 








BENJAMIN GUGGENHEIM – americano, industrial, viajava com a amante 







MARGARETH BROWN – americana, socialite e filantropa (sobreviveu) 




Muitos ensinamentos puderam ser tirados do acidente. As mudanças se fizeram sentir de imediato: 1) as embarcações foram obrigadas a ter botes suficientes para todos os passageiros e tripulantes; 2) o sistema de rádio deveria funcionar 24 horas – na época os operadores trabalhavam 16 horas e não tinham substitutos; 3) foi criada a International Ice Patrol, organização encarregada de monitorar a posição de icebergs para garantir a segurança das embarcações. 




"My heart will go on" Celine Dion


Foto do perfil de Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos

Anésio Ferreira Leite é militar,
formado em administração de empresas e
Diretor Presidente da ABRAF.
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e-mail: abraf.presidencia@gmail




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