SOBRE CASOS RECENTES

Foto: Google
 

Há poucos dias um soldado americano no Afeganistão perdeu a cabeça e saiu atirando em civis inocentes, tendo morto muitos deles. O fato em si, vai levar ao aumento do anti-americanismo no mundo, independentemente de ideologia ou regime político. É uma constatação. O militar em questão corre o risco de ser condenado à morte, fato que só se justifica para dar uma satisfação ao mundo islâmico. 

Ele não tem culpa! Ele não é causa, é conseqüência da política intervencionista dos Estados Unidos; da pretensão de serem os xerifes do mundo; de gostarem de guerra; da necessidade de darem vazão à sua produção de armamentos e da irresponsabilidade de mandar jovens, ainda imberbes, para morrerem em campos de batalha de uma guerra suja, onde o inimigo é invisível. Onde, homens, mulheres e crianças, não prezam a vida e estão dispostos a morrerem, desde que levem junto, um americano. 



Essa política tem um preço muito alto, além dos mortos. Os Estados Unidos estão pagando caro pelo que têm feito de bom e de mal para o mundo. O fato é que tudo se traduz em números, em ganhos, em vantagens. Não existe ética na guerra, existem interesses. Os fabricantes de armas vendem para os dois lados. Para eles não interessa quem vai morrer. Interessa o lucro. 

No ano de 1971, tive oportunidade de conviver, por algum tempo, com um ex-combatente do Vietnã, não era nada confiável. Tinha que estar atento, todo o tempo, em como abordar um assunto, fazer uma pergunta ou falar qualquer coisa. A reação era intempestiva, agressiva e imprevisível. O cuidado, no meu caso, era redobrado, pois ele era um verdadeiro armário, de dois metros de altura, um de largura e sessenta centímetros de profundidade. Toda essa agressividade e imprevisibilidade era conseqüência direta dos traumas que trouxe dos tempos que passou em terras vietnamitas. Quem foi o responsável por isso?. 

Como governo, povo, sociedade são entes difíceis de definir e responsabilizar, não são condenados pelos crimes que cometem em nome da democracia, da liberdade e outras tantas justificativas. No fundo, no fundo, vamos encontrar interesses econômicos e políticos a justificar as ações beligerantes. Uma das mais recentes foi a invasão do Iraque. As armas químicas e biológicas não foram encontradas. Eles sabiam! O interesse era econômico. Destruir para reconstruir. Petróleo, muito petróleo. Favorecimento para as suas empresas. Uma vergonha! 

Visitem o Cemitério de Arlington na cidade de Washington, mais de cem mil jovens americanos não tiveram a oportunidade de viver e de usufruir do decantado estilo de vida americano, tão difundido através do cinema. Quem são os responsáveis por tê-los impedido? Punam-se os culpados!

Foto do perfil de Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos                                                                          
 

Anésio Ferreira Leite é militar,
administrador de empresas e 
Diretor Presidente da ABRAF
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+55 71 8882-8776
e-mail: abraf.presidencia@gmail.com


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