PROJETO ARTE FORTE

Foto: Jaqueline Ferreira

A preservação do patrimônio histórico depende de todos. O conhecimento é o nosso maior patrimônio e aproximar as pessoas do conhecimento é um desafio que exige muito esforço e determinação. Nesse sentido, a ABRAF se empenhou durante anos na recuperação e revitalização do Forte São Marcelo, um dos mais importantes monumentos da cidade, que há décadas encontrava-se fechado à visitação pública. A degradação física causada pelo abandono não prejudicava só a sua estrutura física, mas também impedia que uma página importante de nossa história fosse contada em sua plenitude. 

Foto: Jaqueline Ferreira
Acervo: Abraf


A revitalização do Forte São Marcelo foi um marco na construção e valorização de nossa identidade cultural. Uma vitória de todos aqueles que lutam pela preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro e que devolveu à cidade um equipamento renovado em estrutura e conteúdo. Visitar o Forte São Marcelo não era só uma experiência de retorno ao passado de glórias, dramas e aventuras, mas também uma promessa de futuro. Futuro de democratização do acesso a informação e a cultura, de valorização de nossa memória, do resgate de nossos valores e de respeito e integração de pessoas e organizações. A ação fez história! 






As parcerias firmadas pela ABRAF, com a Prefeitura Municipal do Salvador, LG e Lojas Insinuante, reuniu o terceiro setor, poder público e a iniciativa privada num projeto ambicioso e inovador. Esta parceria estabeleceu um novo modelo, que visava atingir outros monumentos e sítios históricos, no resgate da memória e da imensa riqueza cultural de Salvador e do seu povo. A parceria com diversas instituições educacionais, culturais e sociais tinha como objetivo criar uma nova geração interessada e conhecedora do seu patrimônio cultural. 





Foto: Jaqueline Ferreira

O Forte São Marcelo era uma instituição museal distinta das demais em funcionamento em Salvador. Seu principal acervo era a informação e os significados inerentes ao patrimônio. As exposições permitiam o contato com o conhecimento, a mediação e a interação, tornando-o um lugar aberto e convidativo para todas as idades. As ações de parceria entre museus e escolas acontecem há muito tempo, todavia, apesar da evolução dessas instituições, seus laços e formas de integração não foram renovados, situação que tem afastado, cada vez mais, os alunos do contato com o patrimônio. 




Foto: Jaqueline Ferreira
O Museu do Forte nasceu com a proposta de renovar esses laços, trazendo um programa de educação diferenciado, integrando os significados do patrimônio, às necessidades dos professores e anseios dos alunos. A criação do Núcleo de Interpretação ao Vivo do Patrimônio com o objetivo de resgatar o patrimônio imaterial, veio enriquecer o programa educacional, ampliando a ação e dando um novo significado ao museu vivo, que utilizava a linguagem teatral e a educação patrimonial como base para a inclusão cultural. Nasceu viver história, passou a arte forte. Mudou de nome, mas não de conteúdo!

Hoje o Museu do Forte São Marcelo encontra-se fechado pela falta de sensibilidade do IPHAN em tudo fazer para que o forte permanecesse aberto à visitação pública, pois se esse não é o seu objetivo, deveria sê-lo.







Anésio Ferreira Leite é
formado em Administração de empresas e
é Diretor Presidente da ABRAF
+55 71 9122-8776
+55 71 8882-8776
e-mail: abraf.presidencia@gmail.com

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