O INUSITADO ACONTECE

Canhão Krupp - Forte Nossa Senhora de Copacabana - RJ
Foto: Ralf Lundgren 


Forte de Copacabana
Foto: Google
A ABRAF, parceira do Iphan na posse e administração do Forte São Marcelo, que vinha realizando um projeto de revitalização inédito e exitoso no uso e destinação do Forte, não foi convidada para participar e relatar sua experiência num evento promovido pelo Iphan no Forte de Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ao descobrir na internet as instruções para participação, solicitamos inscrição à Regional em Salvador, foi negado sob a alegação de que não haviam mais vagas. Ligamos para a regional do Rio, solicitando participar como ouvinte, também nos foi negada inscrição, agora, sob a alegação de que era um evento fechado do órgão. Queríamos participar, a temática nos interessava. Ligamos para mais de dez pessoas, dissemos que eles não precisavam preocupar-se com nenhuma despesa. A ABRAF cobriria todos os custos de sua participação no evento. Nada! Não adiantou. 

Depois do evento, que eles disseram que era para o público interno do Iphan, descobrimos que gestores de fortificações, amigos da ABRAF, foram convidados e estiveram presentes, como os gestores dos fortes de Recife e do Rio de Janeiro e parceiros de Salvador e Santa Catarina, também participaram. 

A nossa indignação nos deixou estarrecidos, sem ação. Não entendíamos tão clara demonstração de xenofobismo. Ficou clara a sensação de que éramos estrangeiros, inimigos. Vale ressaltar, que encontramos profissionalismo e espírito participativo nos integrantes do Iphan de Santa Catarina, durante a realização do 6º Seminário de Cidades Fortificadas e 1º Encontro de Gestores de Fortificações. O problema era local, não nacional. Uma vergonha. 

Juca Ferreira - ex-ministro da cultura
Foto: Google
Por essas e outras, sentindo que o nosso contrato com o Iphan poderia não ser renovado e por reconhecer mérito no trabalho realizado, marcamos audiência com o Ministro da Cultura, ao qual está subordinado o Iphan. Levamos um dossiê, que por todas as razões e méritos, autorizariam a qualquer pessoa de bom senso, mandar renovar a parceria. A reunião aconteceu no ministério, presentes técnicos do Iphan, técnicos da ABRAF, o ministro Juca Ferreira e um deputado federal pela Bahia, condição “sine qua non” para acontecer a reunião. O assunto era técnico, mas tinha que ter o envolvimento político. Um absurdo! 

Tudo bem. Da reunião ficou decidido que o Termo de Cessão de Uso seria renovado, assim determinou o Ministro da Cultura, após ouvir as partes e telefonar para o Sr. Carlos Amorim, superintendente regional do Iphan em Salvador, que afirmou, categórica e enfaticamente, nada existir na regional contra a renovação, muito pelo contrário, a ABRAF estava realizando um bom trabalho, ficando o Iphan nacional de encaminhar para assinatura o termo de renovação. A partir daí, nada mais aconteceu e todas as vezes que ligávamos para Brasília, era um tal de é com fulano, é com beltrano. E, hoje, o Museu do Forte São Marcelo está fechado. A ordem foi desobedecida e nada aconteceu. BRASIL!!!









Anésio Ferreira Leite é militar,
formado em Administração de empresas e
Diretor Presidente da ABRAF
+55 71 9122-8776
+55 71 8882-8776
e-mail: abraf.presidencia@gmail.com

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